quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Eleições 2010: o velho poeta e a ira dos inconformados

Eleição para presidente é bom por causa disso: só acontece de quatro em quatro anos, tem dia e hora para acabar. Em pouco tempo, fica-se sabendo quem ganhou e quem perdeu. No dia seguinte, a vida segue seu rumo. Os vencedores escolhem o time que vai governar e os perdedores reorganizam suas tropas para a próxima eleição. Por isso, como vocês sabem, nem pretendia voltar ao assunto.
Nas democracias costuma ser assim, mas não é bem o que está acontecendo no Brasil nestas duas semanas que se passaram desde que fomos às urnas. Em alguns “bolsões sinceros mas radicais”, como se dizia nos tempos dos militares, quando não se podia votar para presidente, nota-se um rancoroso inconformismo com o resultado, especialmente na imprensa e nas redes sociais.
Manifestações diárias deste sentimento podemos encontrar em mensagens e artigos carregados de ira, preconceitos e intolerância que circulam em colunas, editoriais, blogs, celulares, facebooks, twitters e que tais, nas velhas e nas novas mídias impressas e eletrônicas, por toda parte _ hoje como ontem, os mais estridentes redutos do que sobrou da oposição radical. Não são tantos como pensam, mas fazem muito barulho.
Um exemplo patético do que pensa este tipo de eleitor derrotado é o inacreditável artigo publicado domingo na Folha de S. Paulo pelo poeta Ferreira Gullar, sob o título “Ah, se não fosse a realidade!”. De fato, se não fosse a realidade das urnas, ele talvez estivesse hoje mais feliz, menos amargo, escrevendo novos versinhos, mas o voto digitado não tem volta e os resultados oficiais já foram proclamados pelo TSE.
A começar pelo trecho destacado no texto _ “Ninguém imagina que Lula deixe dona Marisa em São  Bernardo para instalar-se na alcova de Dilma” _ Gullar destila sua bílis num panfleto carregado de ódio e desrespeito, que não deve fazer bem a quem o escreve, muito menos a quem o lê num final de tarde de domingo como aconteceu comigo.
Viúvo do comunismo de resultados de Roberto Freire, o octogenário poeta ganhou destaque na reta final da campanha eleitoral como uma espécie de líder dos intelectuais de oposição, encabeçando manifestos e abaixo-assinados “em defesa da democracia e da vida”, como se ambas estivessem ameaçadas.
Fez o que pode e o que não pode, como se pudesse, para impedir a vitória de Dilma Rousseff, candidata de um governo que ele abomina desde que tomou posse, em 2003. Por isso, ele até hoje simplesmente não aceita a derrota.
“De fato, como acreditar que uma mulher que nunca se candidatara a nada, destituída de carisma e até mesmo de simpatia, fosse capaz de derrotar um candidato como José Serra, dono de uma folha de serviços invejável, tanto como parlamentar quanto como ministro de Estado, prefeito e governador?
Não obstante, aconteceu (…)”
Gullar faz parte do elenco fixo de intelectuais e “ólogos” em geral sempre requisitados pela imprensa para escrever artigos ou dar entrevistas contra o governo Lula, a presidente eleita e o PT. Até hoje, tem gente que não admite e não se conforma com as vitórias de Lula em 2002 e 2006, e muito menos com a de Dilma este ano.
Premiado porta-letras de um setor da sociedade que o venera nos saraus dos salões elegantes, o poeta é figurinha carimbada, mas agora é hora de renovar o plantel, pois ninguém vai conseguir ler sempre os mesmos lamentos e insultos por muito tempo.
Na semana passada, a mesma Folha recolheu do anonimato dois articulistas do melhor estilo “neocon”, que atribuem aos feios, sujos e malvados as razões de todas as nossas desgraças, e os abrigou em sua terceira página.
Primeiro, foi um rapaz chamado Leandro Narloch. Em seu breve currículo, ele informa já ter trabalhado na Veja e que é autor do livro “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”. Sob o título “Sim, eu tenho preconceito”, ele escreveu um texto em defesa da elite branca de Cláudio Lembo e da moça que culpou os nordestinos pela derrota e sugeriu o afogamento deles como solução. É mais um autor “neocon” em busca de um nicho de mercado dominado por “oldcons”.
Pouco importa que, mesmo sem os votos do Norte-Nordeste, Dilma tivesse vencido as eleições do mesmo jeito, com mais de 1,3 milhão de votos de vantagem. A tese dos neocons é que os pobres, doentes e iletrados das “regiões mais atrasadas” ganharam dos sábios, saudáveis e abonados do Sul-Sudeste maravilha, o que para eles é inconcebível.
A segunda a entrar em cena foi a professora doutora Janaina Conceição Paschoal, apresentada ao público como professora associada (de quem?) de Direito Penal na gloriosa Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Na mesma linha, ela publicou o artigo “Em defesa da estudante Mayara” e colocou a culpa pela explosão do “racismo regional” em Lula.
Enquanto a oposição procura juntar os cacos e entender o que aconteceu, sem a participação do seu líder derrotado, que sumiu do mapa e fez apenas uma fugaz e infeliz aparição no Sul da França, o noticiário pós-eleitoral se concentra nas muitas crises entre os partidos aliados na disputa por cargos no novo governo e no superdimensionamento de problemas administrativos enfrentados pela administração federal.
Pelo jeito, boa parcela do eleitorado mais conservador continua sem lideranças na representação político-partidária e no movimento social, embora tenha mostrado sua força na recente eleição, o que leva bispos, poetas, pastores e setores da imprensa a exercer este papel cada vez com maior furor.
Como dizia um velho jornalista dos meus tempos de Estadão, o mestre Frederico Branco, ainda nos anos 60 do século passado: eles não aprendem, não esquecem e não perdoam.



                                              RICARDO KOTSCHO

domingo, 3 de outubro de 2010

Fabricantes de celulares devem trocar aparelho

As empresas fabricantes de aparelhos celulares — Nokia, Samsung, Sony Ericksson, LG e Motorola — devem cumprir a nota técnica do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça que definiu o aparelho celular como bem essencial sujeito à substituição imediata do produto mesmo após o prazo da garantia, quando há defeito oculto. Pela segunda vez, fabricantes de aparelhos recorreram ao Judiciário para tentar não fazer a troca imediata dos celulares. O pedido não foi atendido.
Em agosto, num primeiro recurso à Justiça, as empresas pediram para não responder pedido de informação do Procon de São Paulo a respeito do cumprimento da nota técnica do DPDC. A juíza Maria Fernanda de Toledo Rodovalho, da 12ª vara da Fazenda Pública de São Paulo, julgou improcedente o pedido dos fabricantes de aparelho celulares. Ela entendeu que os órgãos de proteção ao consumidor têm competência para praticar atos que busquem maior equilíbrio nas relações de consumo.
Posteriormente, o pedido foi feito pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica para suspender a eficácia da nota técnica emitida pelo DPDC e proibir definitivamente a aplicação de sanções e instauração de procedimentos administrativos relativos ao caso. No entanto, em sua decisão, o juiz Márcio de França Moreira, da 9ª Vara Federal do Distrito Federal, não apenas negou o pedido feito pelas empresas, como reconheceu a essencialidade do produto. Ele confirmou que o DPDC cumpriu rigorosamente sua missão ao emitir a nota técnica que interpreta o artigo 18, parágrafo 3º, do Código de Defesa do Consumidor.
De acordo com a diretora substituta do DPDC, Juliana Pereira, ninguém passa um dia sem celular. “Imagine ficar 30, 60 ou 90 dias sem ele quando ocorre algum problema. O dever dos órgãos de defesa do consumidor é proteger os direitos do consumidor”, declarou. Juliana também argumentou que “chegou a hora delas [empresas] assumirem um compromisso para honrar e respeitar os consumidores e os órgãos de defesa do consumidor”.
De acordo com notícia da Agência Brasil publicada no dia 27 de agosto, o diretor do DPDC do Ministério da Justiça, Ricardo Morishita, disse que o órgão já estuda a possibilidade de entrar com ação coletiva na Justiça contra as fabricantes de telefones celulares. O objetivo é conseguir reparação por danos morais por descumprimento do Código de Defesa do Consumidor.
"Isso já aconteceu. Há duas ações propostas pelo descumprimento da norma, de R$ 300 milhões, contra duas empresas — uma de telefonia móvel e outra de telefonia fixa — que foi assinada por 24 Procons estaduais, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Advocacia Geral da União e o DPDC", disse Morishita.
Os dados do DPDC sobre as reclamações dos consumidores contra os fabricantes de celulares serão divulgados mensalmente, a partir de agora. Neste primeiro levantamento, os problemas de não cumprimento de garantia, produtos com danos ou defeitos de origem e falta de peças de reposição responderam por 83% das demandas apresentadas aos Procons contra as cinco fabricantes de celulares, sendo 50,65% por descumprimento de garantias, 26,67% por danos ou defeitos e 6,46% por falta de peças de reposição.
Conforme o levantamento do DPDC, a Samsung encabeça as demandas dos consumidores nos Procons, com 29,36%, seguida da LG (25,38%), Nokia (21,19%), Sony Ericsson (15,51%) e Motorola (8,56%). Ricardo Morishita disse que o objetivo da divulgação dos números é garantir mais transparência nas relações dos fabricantes com os consumidores e que os Procons "têm a possibilidade de aplicar as sanções pelo descumprimento da lei".
O Código de Defesa do Consumidor determina a troca imediata ou devolução do dinheiro quando o aparelho é adquirido com vício (defeito) de fabricação.
Processo: 41735-81.2010.4.01.3400
MS 053.10.023092-2

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Paul McCartney

Para os fãs do ex-beatle Paul McCartney duas ótimas notícias para este final de ano.

Primeira: a produtora DC Set Promoções, de Dody Sirena (que também é empresário do cantor Roberto Carlos), confirmou ontem três shows do cantor e compositor Paul McCartney no Brasil, além de dois concertos na Argentina. Paul toca com sua banda no dia 7 de novembro, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Em seguida, vai à Argentina - ele canta no Estádio do River Plate nos dias 10 e 11 de novembro, em Buenos Aires. Depois, retorna ao Brasil para shows nos dias 21 e 22, em São Paulo, no Estádio do Morumbi.
McCartney, de 68 anos,  veio duas vezes ao Brasil anteriormente, em 1990 e 1993. Foi o único beatle a se apresentar no País - George Harrison esteve no Brasil para acompanhar corridas de automóveis uma vez.
O atual show com que McCartney excursiona tem um quê de retrospectiva da carreira. Antes de ele subir ao palco, os dois telões mostram um pot-pourri de imagens do artista durante sua carreira de cinco décadas, com a trilha sonora de várias épocas. O concerto dura em média três horas, e começa com um hit da banda que Paul teve após os Beatles, The Wings: "Venus and Mars/Rock Show", seguido por "Jet", de sua Band on the Run, de 1974. Então, com "All My Loving", ele abre um set de canções da maior banda de rock de todos os tempos, The Beatles, como "Drive My Car" (do álbum Rubber Soul, sexto disco do grupo, de 1965). Uma viagem no tempo. (Fonte)
Segunda: O ex-Beatle pretende digitalizar parte de sua obra, em uma parceria dom a HP. A intenção é que vídeos e gravações do músico, muitas delas inéditas, sejam colocadas na internet.
Um exemplo são imagens de McCartney em eventos como o Live Aid, ainda não exibidas publicamente.
Segundo matéria da Computerworld americana, a HP é a responsável pela construção da infraestrutura de computação que abrigará a obra. O número de profissionais envolvidos no projeto por parte da HP varia entre 30 e 100, e ainda não há previsão de quando o trabalho estará concluído.
Como o projeto está bem no começo, não se sabe se o acesso ao acervo digital será totalmente gratuito ou não.(Fonte)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Está ficando tudo muito chato!

Essa é uma observação sobre a inversão de sentimentos e valores. O que era para ser uma coisa leve, se transforma lentamente em algo pesado e vice e versa.
A primeira observação, é referente ao lazer mais praticado pelo brasileiro: o  futebol.
O jogador brasileiro é respeitado, valorizado e exportado para o mundo todo justamente pela sua irreverência e habilidade. Hoje vemos que zagueiros truculentos e de cintura dura; seus técnicos de competência duvidosa em busca de resultados rápidos que garantam seus empregos, procuram a todo custo coibir a ação dos novos talentos . A bola da vez é o Neymar.

Considerado um garoto prodígio, contratado e mantido desde a puberdade, agora se vê caçado dentro e fora de campo.
Anteriormente já foi vítima o jogador Kerlon, do Cruzeiro, apelidado Foca, devido aos dribles aplicados controlando a bola com a cabeça.

Antes dele, também tivemos o Robinho com suas pedaladas. Não me esqueço de um jogo entre Santos e Corinthians, onde depois de ser parado com uma falta, um close inesperado de uma emissora de televisão flagra o zagueiro Anderson o ameaçando dizendo “se começar com palhaçada eu te quebro”.
Teve até um jogo no Paraná entre Coritiba e Santos, onde depois de umas pedaladas no marcador santista, o jogador Jabá foi contemplado com cartão amarelo pelo Leonardo Gaciba. E quem se lembra que Joel Santana, o da prancheta, ainda técnico do Flamengo antes da temporada sul-africana mandou dar porrada,  caso os jogadores do Santos (coincidência?) que venciam por 3 a 0 ficassem de “palhaçadinha”?
Tudo virou desrespeito, falta de humildade, desprezo pelo adversário.
E isso me faz perguntar o que aconteceria nos dias de hoje se Garrincha jogasse e chamasse o adversário de “João”? E se Edmundo desse aquela reboladinha na frente do Gonçalves?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cuidado na compra das TVs digitais

O estudo tem um resultado prático imediato para o consumidor, principalmente das novas TVs digitais, que ainda não contam com todos os melhoramentos técnicos possíveis.
O pesquisador afirma que muitas pessoas ainda comprarão modelos desatualizados, que, por saírem na frente, não puderam ser totalmente otimizados. "O próprio consumidor deixará de adquirir esses modelos e, naturalmente, outros com qualidade superior surgirão", avaliou.
A velocidade com que as novidades entram e saem do mercado é tão grande que os consumidores não conseguem acompanhar essa evolução. Por exemplo, a quantidade de informação necessária para se realizar uma boa compra de um aparelho de televisão hoje é "absurda", na opinião do engenheiro eletricista.
"Os novos televisores de LCD e LED possuem várias etiquetas afixadas em sua estrutura, com diversas siglas que muita gente nem sabe o que significa," disse Marcelo. E isso não acontece apenas no Brasil. Trata-se de um fenômeno mundial, em que nem os lojistas possuem todas as informações necessárias para orientar os compradores. É preciso oferecer treinamento especializado até aos vendedores, na avaliação do engenheiro.
Muitos modelos de televisão digital que incorporam um conversor interno já são anunciados o tempo todo. .
Com relação aos conversores existentes no mercado atualmente, Marcelo explica que é não é muito fácil saber quais são os de boa qualidade, pois a má cobertura do sinal digital pode mascarar a qualidade do receptor.(Fonte)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Recomeçando

Graças a Deus terminei a contrução desta nova ferramenta de trabalho.
No outro blog, não sei o que aconteceu até agora. De repente, sem qualquer sinal, o blog deixou de abrir. O suporte não retornou a minha consulta com uma resposta e/ou uma dica de solução do problema. Não tive outra alternativa a não ser deletar o dito cujo.
Portanto, o endereço http://www.abrasilino.myblog.com.br/ deverá ser esquecido de vez (e se clicar no link verá que não abre mesmo).
Com esse novo endereço e com os recursos a mais disponíveis, espero que contribua na maior eficácia e rapidez dos contatos.
Peço também que se alguém, porventura, tiver algo interessante que possa postar nesse espaço, pode me enviar nos e-mail's indicados, que será publicado com o devido crédito ao autor.
Espero que visitas a esta página sejam feitas com a mesma ou ainda maior frequência .