O
primeiro LED
Em
Outubro de 1962, o então jovem doutor Nick Holonyak apresentava ao mundo o
primeiro LED (Light-Emitting Diode), um diodo emissor de luz.
O primeiro LED custou U$260,00 só em materiais.
Já se
sabia que os diodos podiam emitir radiação na faixa do infravermelho, mas
ninguém havia ainda conseguido fazê-los brilhar na faixa visível pelo olho
humano.
Na época,
a pesquisa com semicondutores ainda era emergente e quase uma curiosidade
científica, em um mundo dominado pelas válvulas termoiônicas.
O primeiro transistor era um adolescente, e não tinha ainda
completado 15 anos de idade.
O primeiro circuito integrado vinha na turma seguinte, com
apenas 14 anos.
Mas os
trabalhos com os masers, que levariam à descoberta do laser, fervilhavam, com
vários grupos tentando criar dispositivos de estado sólido para a emissão de
diversos comprimentos de onda. Devido à sua ligação com a GE, Holonyak queria
fabricar um componente semicondutor que emitisse luz visível - em outras
palaavras, uma lâmpada.
"O Mágico"
O LED foi apenas a primeira criação do Dr. Nick Holonyak, que tem uma série de contribuições na área. [Imagem GEUniv.Illinois]
Enquanto
seu colega Robert Hall tentava construir um laser semicondutor no infravermelho
usando GaAs (arseneto de gálio), Holonyak voltou-se para o espectro visível
usando GaAsP (fosforeto arsenieto de gálio).
Em 9 de
outubro de 1962, com toda a equipe assistindo, Holonyak tornou-se a primeira
pessoa a operar um laser de liga semicondutora na faixa visível - o componente
que iluminou o primeiro LED visível.
A equipe
passou a chamar o primeiro LED visível de "o mágico", porque, ao
contrário dos outros componentes, não era preciso olhar para os aparelhos para
ver se ele estava funcionando.
Cinquenta
anos depois, os LEDs estão em todos os aparelhos eletrônicos, TVs, monitores de
computador, lanternas, semáforos, faróis de carros e uma infinidade de outras
aplicações.
Lâmpada
definitiva
O que
ainda se espera é que os LEDs realizem a promessa de substituir de vez as
lâmpadas incandescentes, que consomem energia demais, e as fluorescentes, que
usam o perigoso mercúrio.
Apesar
disso, o Dr. Holonyak chama seu pequeno "mágico" de "a lâmpada
definitiva": "Porque a própria corrente elétrica é a luz,"
justifica ele.
Isso
significa que um LED opera de forma energeticamente muito eficiente, com pouca
perda de energia e uma dissipação de calor desprezível.
O grande
entrave à sua utilização na iluminação residencial é que seu espectro de
emissão não é contínuo, o que torna sua luz menos agradável aos olhos humanos.
Aos 83
anos, o cientista continua trabalhando na Universidade de Illinois, nos Estados
Unidos, sempre em parceria com a empresa GE.(Fonte)