segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Ah, o ser humano!

Hoje, amanhecendo o dia e depois de alguns meses, resolvi dar uma pescadinha. Só uma varinha com molinete e o resto de um sabiki.
Quando entrei com a bike na passarela do pier do Pontal da Cruz, vi algo grande flutuando. Pensei até que fosse um cadáver. Mais próximo percebi que eram 4 tartarugas de pente (acho) presas a uma rede de pesca. Em cima, na plataforma do pier, encontrei uma parte dessa rede.

Liguei para a Capitania dos Portos. Disseram que ligariam para a polícia florestal. e me aconselharam entrar na água para resgatar os bichos.
Como não sei nadar e, mesmo com a maré muito baixa, fiquei com medo de me enroscar no resto da rede e esperei alguém que também tivesse boa vontade para encarar a água fria e ajudar no resgate.












Nisso apareceu Natan Belarmino, que nunca o tinha visto até então, e começamos o resgate.A maior das tartarugas ainda estava viva. Depois de verificarmos se tinha alguma placa ou chip, ou se tinha algum ferimento mais sério, a devolvemos para o mar.















Já que tínhamos tirado parte da rede, resolvemos tirar o resto, para evitar que alguém que resolvesse se refrescar ficasse enroscado . Para nossa surpresa, mais duas tartarugas estavam mortas e submersas, além de vários peixes e crustáceos. Nisso também chegou o Laerte C. Fonseca, amigo mais recente.










Os policias da Polícia Rural chegaram, recolheram as duas partes da rede pediram para que enterrássemos os bichos. Como nem nós nem eles tínhamos qualquer ferramenta, pediram para que as jogássemos de volta ao mar.





Conclusão: alguém deixou a rede armada no canal e, com ventania desses dias, a correnteza a levou até o pier, onde se enroscou. Os donos ou outros a encontraram, tiraram uma parte dela e, quando viram as tartarugas presas, não quiseram se comprometer e largaram tudo lá.
Mais uma grande perda para a natureza.

AGRICIO BRASILINO (28/08/2016)

quarta-feira, 11 de maio de 2016



Esse é o meu sentimento, com todas essas ocorrências políticas atuais e suas possíveis soluções.

Tudo Vira Bosta
Rita Lee/Moacir Franco
 
O ovo frito, o caviar e o cozido
A buchada e o cabrito
O cinzento e o colorido
A ditadura e o oprimido
O prometido e não cumprido
E o programa do partido
Tudo vira bosta...

O vinho branco, a cachaça, o chope escuro
O herói e o dedo-duro
O grafite lá no muro
Seu cartão e seu seguro
Quem cobrou ou pagou juro
Meu passado e meu futuro
Tudo vira bosta...

(Refrão)
Um dia depois
Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta...

Filé 'minhão', 'champinhão', 'Don Perrinhão'
Salsichão, arroz, feijão
Mulçumano e cristão
A Mercedes e o Fuscão
A patroa do patrão
Meu salário e meu tesão
Tudo vira bosta...

O pão-de-ló, brevidade da vovó
O fondue, o mocotó
Pavaroti, Xororó
Minha Eguinha Pocotó
Ninguém vai escapar do pó
Sua boca e seu loló
Tudo vira bosta...

(Refrão 2x)
Um dia depois
Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta...

A rabada, o tutu, o frango assado
O jiló e o quiabo
Prostituta e deputado
A virtude e o pecado
Esse governo e o passado
Vai você que eu 'tô cansado'
Tudo vira bosta...

(Refrão 2x)
Um dia depois
Não me vire as costas
Salvemos nós dois
Tudo vira bosta...

Tudo vira bosta...(5x)