A primeira observação, é referente ao lazer mais praticado pelo brasileiro: o futebol.
O jogador brasileiro é respeitado, valorizado e exportado para o mundo todo justamente pela sua irreverência e habilidade. Hoje vemos que zagueiros truculentos e de cintura dura; seus técnicos de competência duvidosa em busca de resultados rápidos que garantam seus empregos, procuram a todo custo coibir a ação dos novos talentos . A bola da vez é o Neymar.
Considerado um garoto prodígio, contratado e mantido desde a puberdade, agora se vê caçado dentro e fora de campo.
Anteriormente já foi vítima o jogador Kerlon, do Cruzeiro, apelidado Foca, devido aos dribles aplicados controlando a bola com a cabeça.
Antes dele, também tivemos o Robinho com suas pedaladas. Não me esqueço de um jogo entre Santos e Corinthians, onde depois de ser parado com uma falta, um close inesperado de uma emissora de televisão flagra o zagueiro Anderson o ameaçando dizendo “se começar com palhaçada eu te quebro”.
Teve até um jogo no Paraná entre Coritiba e Santos, onde depois de umas pedaladas no marcador santista, o jogador Jabá foi contemplado com cartão amarelo pelo Leonardo Gaciba. E quem se lembra que Joel Santana, o da prancheta, ainda técnico do Flamengo antes da temporada sul-africana mandou dar porrada, caso os jogadores do Santos (coincidência?) que venciam por 3 a 0 ficassem de “palhaçadinha”?
Tudo virou desrespeito, falta de humildade, desprezo pelo adversário.
E isso me faz perguntar o que aconteceria nos dias de hoje se Garrincha jogasse e chamasse o adversário de “João”? E se Edmundo desse aquela reboladinha na frente do Gonçalves?